Após sucessivos resultados negativos, o Fluminense entrou na zona de rebaixamento. Nada demais para quem acompanha o desempenho do Tricolor desde a traumática perda da Libertadores de 2008. Quase rebaixado no ano passado, o time não conseguiu fazer uma boa campanha no Estadual deste ano, nem faz um bom Brasileirão.O treinador Parreira, demitido, fez questão de falar que no Brasil os clubes não deixam os treinadores darem seqüências a seus planejamentos, que não conseguindo bons resultados, acabam sendo dispensados.
Acredito que num momento de crise, um novo comandante traga a um elenco a motivação que muitas vezes não se vê presente, um empenho a mais de alguns preteridos do antigo treinador e a esperança de melhores resultados. É a cultura brasileira, como bem disse Parreira, de trocar treinador quando as vitórias não aparecem.
No caso do Fluminense, acredito que vai além de um treinador. O elenco é limitado. Alguns podem discordar, haja vista que a equipe têm bons jogadores, mas o detalhe é: no papel o time é bom, mas na prática, nem tanto.
Disputado por alguns clubes, Diguinho chegou e até hoje não jogou nada que fizesse jus ao esforço de contratá-lo, assim como Thiago Neves, que já voltou ao clube que detém seus direitos federativos. Junior César foi para o São Paulo e ninguém supriu a ala esquerda. Por muito tempo a direita foi improvisada por Wellington Monteiro, mas agora trouxeram Ruy, que não deu certo no Grêmio.
Os problemas seguem por todos os setores. Na zaga Edcarlos não passa a segurança devida (saudades de Thiago Silva) e no ataque Leandro Amaral, que não vem tendo seqüência devido a lesões, quando joga é como se não estivesse atuando. Até o renomado Fred começa a ser questionado.
A diretoria é dividida em presidente do clube e presidente da patrocinador. Quase tudo passa pelo aval do patrocinador, desde jogadores a técnicos, pagando até os salários destes, passando assim a ter atuação influente nas decisões tomadas no clube.
O vitorioso Carlos Alberto, de sobrenome Parreira, pode até ter alguma culpa nos retrospectos recentes, mas como não conta com um bom material humano, não ia ter muito a demonstrar. A diretoria precisa entrar num consenso de quem comanda e tomas as decisões, pois na cronologia tricolor, com os maus resultados, a zona de rebaixamento e o declínio pós Libertadores, no fim das contas ou do Campeonato Brasileiro, o resultado pode ser trágico.
Por William Von-Held
Nenhum comentário:
Postar um comentário
obrigado por participar!