quarta-feira, 15 de julho de 2009

A mudança que “satisfaz”

Após sucessivos resultados negativos, o Fluminense entrou na zona de rebaixamento. Nada demais para quem acompanha o desempenho do Tricolor desde a traumática perda da Libertadores de 2008. Quase rebaixado no ano passado, o time não conseguiu fazer uma boa campanha no Estadual deste ano, nem faz um bom Brasileirão.
O treinador Parreira, demitido, fez questão de falar que no Brasil os clubes não deixam os treinadores darem seqüências a seus planejamentos, que não conseguindo bons resultados, acabam sendo dispensados.
Acredito que num momento de crise, um novo comandante traga a um elenco a motivação que muitas vezes não se vê presente, um empenho a mais de alguns preteridos do antigo treinador e a esperança de melhores resultados. É a cultura brasileira, como bem disse Parreira, de trocar treinador quando as vitórias não aparecem.
No caso do Fluminense, acredito que vai além de um treinador. O elenco é limitado. Alguns podem discordar, haja vista que a equipe têm bons jogadores, mas o detalhe é: no papel o time é bom, mas na prática, nem tanto.
Disputado por alguns clubes, Diguinho chegou e até hoje não jogou nada que fizesse jus ao esforço de contratá-lo, assim como Thiago Neves, que já voltou ao clube que detém seus direitos federativos. Junior César foi para o São Paulo e ninguém supriu a ala esquerda. Por muito tempo a direita foi improvisada por Wellington Monteiro, mas agora trouxeram Ruy, que não deu certo no Grêmio.
Os problemas seguem por todos os setores. Na zaga Edcarlos não passa a segurança devida (saudades de Thiago Silva) e no ataque Leandro Amaral, que não vem tendo seqüência devido a lesões, quando joga é como se não estivesse atuando. Até o renomado Fred começa a ser questionado.
A diretoria é dividida em presidente do clube e presidente da patrocinador. Quase tudo passa pelo aval do patrocinador, desde jogadores a técnicos, pagando até os salários destes, passando assim a ter atuação influente nas decisões tomadas no clube.
O vitorioso Carlos Alberto, de sobrenome Parreira, pode até ter alguma culpa nos retrospectos recentes, mas como não conta com um bom material humano, não ia ter muito a demonstrar. A diretoria precisa entrar num consenso de quem comanda e tomas as decisões, pois na cronologia tricolor, com os maus resultados, a zona de rebaixamento e o declínio pós Libertadores, no fim das contas ou do Campeonato Brasileiro, o resultado pode ser trágico.

Por William Von-Held

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