
A agonia de duas torcidas
Os dias passam e a angústia continua. Restam quatorze rodadas e o que mudou para Botafogo e Fluminense?
O primeiro conseguiu uma vitória na Sul-Americana após dez partidas de empates e derrotas, enquanto o segundo precisa, estatisticamente falando, vencer dez jogos em quatorze. Se até agora durante toda competição venceu apenas três, imagino que se considerar a estatística, o Tricolor já foi...
Que ano esse do Fluminense hein! Após contratar Diguinho, depois Fred, repatriar Thiago Neves e conseguir manter Conca, esperava-se algo melhor, mas nem todos deram conta do recado, aliás, quem deu? Falar em Fluminense na 1ª divisão hoje é questão de muita fé no quase impossível.
Fora de campo a política tricolor ferve. Um verdadeiro caldeirão verde, grená e branco. Horcades, que gosta de entrar em campo a frente dos jogadores, é o verdadeiro símbolo da atual crise das Laranjeiras. Até o seu impeachment já levaram ao Conselho. Quem sofre é apenas o torcedor, que vê um time agonizando no Z-4 desde quase todo, se não todo o Brasileirão.
Coitado do Estevam Soares. Largou o Barueri que estava em boas condições na tabela para se aventurar no Alvinegro. Ficou oito jogos sem vencer, tendo seu posto de treinador ameaçado. Venceu a primeira na Sul-Americana, mas uma vitória que não o garante em nada. O Engenhão não é um atrativo ao torcedor.
O estádio não funciona como o Caldeirão que se esperava. O acesso é difícil e as cadeiras mais acima dão medo ao torcedor pela altura e a sensação de abismo. Por não ter o “anel da arquibancada” fechado, o grito da torcida não pode ser ouvido com eco de um estádio de futebol. Fora a pista de atletismo que distancia o torcedor do campo. São fatores que fazem o Engenhão ser conhecido como o “Vazião”.
Esperamos que pelo menos três clubes cariocas possam estar presentes na elite do futebol no ano que vem. A conseqüência da falta de organização e da irresponsabilidade no futebol do Rio está aí. Dirigentes amadores, que visam o progresso financeiro próprio, utilizando a paixão de milhares de torcedores. Onde isso vai parar? Moralização já!
Por William Von-Held
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